Altura ideal, materiais, cálculo do peso: Cinthia Claro responde às perguntas mais importantes na hora de projetar o mobiliário | |
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Em um home-office, as prateleiras assumem diversas funções, entre elas armazenar livros, papéis, canetas, lápis e pastas. Para isso, o projeto precisa feito com cuidado, devendo-se atentar para o cálculo do peso, assim como a arquiteta Cinthia Claro realizou nesse projeto | Foto: Erika Waldmann | |
Prateleiras são indispensáveis no dia a dia de casa e aquele item que classificamos como ‘pau para toda obra’. Elas abrigam objetos importantes, elementos decorativos, livros, obras de arte, retratos e recordações e muitas outras coisas que resolvem a vida do morador. Executar o móvel sob medida contribui para o melhor aproveitamento do espaço, facilitando a rotina diária com a organização.
À frente do seu escritório, a arquiteta Cinthia Claro esclarece que as prateleiras cumprem múltiplos papéis. “Elas resolvem quando a intenção é vestir uma parede sozinha e solucionar um dilema de acomodar aquilo que estava sem um lugar adequado”, comenta.
A seguir, a profissional responde sete dúvidas frequentes entre os consumidores: 1. Onde instalar | |
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De acordo com a arquiteta Cinthia Claro, há casos em que o objetivo das prateleiras é apenas preencher uma parede vazia e complementar a decoração, tal qual ela realizou nesta sala de estar. Posicionada um pouco acima do sofá, ela cumpre a função de apoiar os quadros | Foto: Erika Waldmann | |
Para a profissional, o ideal é que as prateleiras sejam definidas ainda na fase de projeto. “Para uma melhor organização, as paredes que receberão prateleiras já são consideradas após a análise do layout da planta e das modelagens em 3D”, explica.
Ela ainda ressalta que a função do móvel é determinante: em geral, atende a demanda por armazenamento, variando conforme o cômodo.
2. Altura ideal | |
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Em quartos infantis, a arquiteta Cinthia Claro sugere posicionar prateleiras no alcance da criança, permitindo que ela alcance os brinquedos e livros com facilidade | Foto: Erika Waldmann | |
A referência não é imperativa, entretanto Cinthia argumenta que cada ambiente requer uma altura diferente que pode ser definida por alguns parâmetros como aponta a seguir:
• Salas e dormitórios: quando há portas próximas, costuma-se alinhar a prateleira alta à guarnição da porta, entre 2,15 e 2,20 m.
• Cozinhas: pequenas prateleiras para temperos ou utensílios são utilizadas acima da bancada da cozinha – cerca de 1,40 m do piso.
• Escritórios: é possível preencher toda a parede com uma estante do piso ao teto, ou então instalar de uma a duas prateleiras a 1,40 m acima da mesa.
• Banheiros: dentro do box, a altura varia de 0,90 a 1,20 m do piso, buscando sempre o alinhamento com o revestimento da parede.
3. Materiais e usos | |
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Prateleiras de pedra são mais resistentes, e, segundo a arquiteta Cinthia Claro, são boas pedidas para projetos de banheiros | Fotos: Erika Waldmann | |
De acordo com o ambiente, recomenda-se o uso de materiais resistentes à umidade e gordura. Em cozinhas e banheiros, Cinthia indica prateleiras de pedra como granito, quartzo ou lâmina.
“Em relação às clássicas prateleiras de madeira, recomendo o MDF. O acabamento varia conforme a proposta do espaço e, no que diz respeito à cor, amadeirados claros combinam com estilos contemporâneos, transmitindo leveza e amplitude, enquanto tons escuros, por outro lado, remetem a ambientes mais clássicos ou com apelo vintage”, observa. Outro material bastante empregado é a serralheria com estruturas como o metalon, que se conectam com projetos com o estilo industrial.
4. Sistemas de fixação | |
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Prateleiras com o suporte ‘invisível’ são fixadas por meio de hastes metálicas na parede e esse processo requer o alinhamento e ângulo adequado para não danificar a prateleira. A arquiteta Cinthia Claro recomenda atenção com as buchas e parafusos escolhidas, que precisam suportar o peso estimado da peça e do conteúdo que receberá | Projeto: Cinthia Claro Arquitetura | Foto: Erika Waldmann | |
Entre os sistemas de instalação, a mão francesa se constitui como um suporte metálico, em ‘L’, que sustenta a prateleira. Outra possibilidade é a versão invisível que fica embutida na parede e entrega um acabamento limpo e a sensação de fazer a peça flutuar e, por fim, a cremalheira, que permite o ajuste da altura. | |
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Prateleira fixada com mão francesa | Foto: Freepik | |
A escolha, segundo a arquiteta, deve considerar tanto o estilo quanto a função. “A mão francesa pode ser decorativa, o suporte invisível é o mais moderno, e as cremalheiras são ideais para espaços funcionais como depósitos, ateliês ou oficinas”, detalha.
5. Cálculo do peso | |
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Quando as prateleiras são especificamente para livros, que são pesados, ou mesmo para depósitos de caixas de ferramentas, cuja carga é considerável, a arquiteta Cinthia Claro conta que calcula os pontos de sustentação na extensão da prateleira, bem como a sua espessura | Foto: Erika Waldmann | |
Ao projetar prateleiras, outro ponto que precisa ser considerado é o cálculo do peso que elas podem suportar. Diferente de peças prontas, nas quais a carga máxima suportável foi informada pela loja responsável, mensurar o peso de uma prateleira feita sob medida exige um olhar cuidadoso.
“Sempre analiso juntamente com o profissional que executará o sistema, pois não há um cálculo exato. Contudo, podemos prever o quanto o móvel pode suportar a partir da finalidade que o cliente pretende dar para a prateleira”, comenta Cinthia.
Ainda segundo a profissional, as estruturas de serralheria também necessitam de avaliação para que os apoios sejam bem distribuídos. “Dos sistemas de fixação, os mais resistentes são os suportes ‘invisíveis’ justamente porque podemos distribuir mais apoios em função da carga”, afirma.
6. Prateleiras embutidas | |
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No hall de entrada deste projeto, a arquiteta Cinthia Claro estimou prateleiras com a finalidade de receber objetos decorativos para dar as boas-vindas. Para não comprometer a circulação, a profissional executou-as embutidas | Foto: Erika Waldmann | |
Uma solução adotada com frequência em alguns ambientes são as prateleiras embutidas. “Geralmente, a colocação é considerada quando há um comprometimento da circulação ou quando a proposta se torna mais interessante”, diz a arquiteta.
Normalmente são pouco profundas e destinadas para pequenos detalhes e objetos, onde a carga requer menos estruturação. 7. Erros comuns | |
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Segundo a arquiteta Cinthia Claro, o projeto luminotécnico precisa realizado com cautela | Fotos: Erika Waldmann | |
Cinthia selecionou três erros recorrentes em projetos de prateleiras:
LED Quando o ponto elétrico executado não coincide com a altura projetada, seja na parte inferior quanto na superior, é preciso refazer as conexões para a compatibilidade com o LED.
Prateleiras suspensas Quando fixadas no teto, a arquiteta ressalta que os reforços do móvel, que pode ser uma chapa ou tábua de madeira, nunca devem ser fixados no forro de gesso, e sim diretamente na laje ou em um reforço acima do forro – uma questão de segurança.
Altura e profundidade Outro erro a ser evitado é a altura e profundidade da prateleira para eliminar o risco de bater a cabeça quando a pessoa se projeta para frente. “Essas observações são essenciais para que não ocorram acidentes domésticos”, conclui Cinthia.
Sobre a arquiteta Cinthia Claro Formada em design de interiores pela Escola Panamericana de Artes e, posteriormente em Arquitetura e Urbanismo, Cinthia Claro comanda seu escritório homônimo com atuação voltada para a execução de projetos de arquitetura residencial, design de interiores e comercial.
Como características do trabalho realizado por ela e sua equipe, prevalece o respeito ao perfil do cliente, de forma a suprir todas as suas necessidades e particularidades. Os projetos são realizados de forma personalizada, priorizando relações entre estética e soluções técnicas, criatividade e excelente custo x benefício.
@cinthia.claro (11) 99647-7821
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