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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Quando e como usar madeira na decoração, de acordo com o Feng Shui

 

As arquitetas Belisa Mitsuse e Estefânia Gamez, do BTliê Arquitetura, explicam quais energias a madeira traz para os ambientes e dão dicas dos melhores usos.

Projeto do BTliê Arquitetura tem painéis de madeira como destaque. (Crédito: Guilherme Uemura)

Que a madeira é um material que traz aconchego e calor para os ambientes, provavelmente, todo mundo sabe. Mas no Feng Shui, técnica milenar chinesa de harmonização dos espaços, ela tem um papel muito mais profundo: a madeira é o elemento da expansão, da criatividade e do florescimento; uma energia que, quando bem posicionada, pode impulsionar o crescimento pessoal, emocional e até profissional dos moradores.


As arquitetas Belisa Mitsuse (Bel) e Estefânia Gamez (Tef), especialistas em Feng Shui e sócias do BTliê Arquitetura, explicam essa metodologia ancestral promove a harmonia entre as pessoas e os espaços que elas habitam, integrando a arquitetura com os ciclos da natureza. “Essa conexão acontece por meio da aplicação dos cinco elementos — madeira, fogo, terra, metal e água — que representam diferentes aspectos da vida e estão presentes tanto nos ambientes quanto nas nossas emoções e comportamentos”, esclarece Bel. De acordo com a arquiteta, quando esses elementos são distribuídos de forma equilibrada em um projeto, criam fluxos de energia mais saudáveis e favorecem sensações como acolhimento, vitalidade, concentração ou tranquilidade. “Assim, o Feng Shui transforma a arquitetura em um instrumento de bem-estar, respeitando a essência dos espaços e a individualidade de quem os ocupa”.


Para a arquiteta Estefânia Gamez, ao entendermos o Feng Shui como uma ferramenta, podemos compreender o que cada ambiente precisa emanar para apoiar quem vive ali. “Nesse sentido, a madeira é o elemento do movimento ascendente, do crescimento, da vida que se renova. Onde há estagnação, ela é um convite para avançar”.


Quando utilizar a madeira?


De acordo com o Feng Shui, o uso da madeira nos ambientes é recomendado, por exemplo, em espaços ligados a projetos e novas ideias como escritórios, áreas de estudo ou quartos de crianças e adolescentes. “A madeira ajuda a tirar os projetos do papel, favorece a criatividade e a sensação de progresso”, diz Estefânia Gamez.


Para ativar essa energia, não é preciso necessariamente uma grande reforma. É possível usar a madeira por meio de móveis, objetos, painéis ripados, texturas naturais e até na escolha das cores. “No Feng Shui, a cor verde e os formatos cilíndricos também representam a madeira. Assim como as plantas, que são sua manifestação viva nos ambientes”, explica Tef.


De forma prática, é possível integrar a madeira ao projeto de interiores com pequenas intervenções: uma estante ripada, um conjunto de cadeiras com encosto em tom natural, quadros com folhagens, papéis de parede florais, vasos com plantas saudáveis, esculturas ou até revestimentos com textura de madeira. No entanto, vale ressaltar que a melhor maneira de integrar a madeira, ou qualquer outro elemento, num projeto de arquitetura e design de interiores é com a ajuda de uma consultoria de Feng Shui. “Não se trata de encher a casa de móveis pesados, mas de trazer intencionalmente essa energia de renovação e vitalidade para o espaço”, afirma Bel. “É como plantar uma semente em solo fértil: você cria condições para que a expansão aconteça”, finaliza.

 

Sobre Bel e Tef: Belisa Mitsuse (Bel) e Estefânia Gamez (Tef) são arquitetas formadas pela FAU Mackenzie que encontraram, na união entre técnica e espiritualidade, uma maneira inovadora de atuar no mercado. A amizade profissional das duas começou em um escritório de arquitetura, onde trabalharam lado a lado, e se transformou em uma parceria que culminou na criação do BTliê Arquitetura, em 2014.

Inspiradas por sua ascendência japonesa e com uma curiosidade latente pela cultura oriental, Bel e Tef mergulharam no universo do Feng Shui, integrando seus conceitos aos fundamentos sólidos da arquitetura. Esse diferencial permitiu que a dupla desmistificasse práticas supersticiosas e trouxesse uma abordagem prática e transformadora para o mercado brasileiro, rompendo com a visão cética tradicional. Além dos projetos personalizados, voltados para promover harmonia e bem-estar, as sócias expandiram sua atuação com a criação do curso Projetando com Feng Shui, a primeira formação reconhecida pelo MEC nessa área. Com ele, impactaram não apenas a vida dos clientes, mas também a carreira de outros arquitetos e designers que buscam integrar propósito e técnica em seus projetos.

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