Com texto original e direção de Marcio Abreu, o espetáculo criado em diálogo com a obra do neurocientista Sidarta Ribeiro, traz uma reflexão sobre a importância de sonhar coletivamente com o futuro da vida e dá continuidade à pesquisa da companhia às questões relativas à memória, sonho e história.
Na foto, o elenco: Jessyca Meyreles, Jesuíta Barbosa, Cleomácio Inácio e Idylla Silmarovi
Crédito: Ethel Braga
“Visto de cabeça para baixo, esse mundo torto pode ter jeito”, escreveu Sidarta Ribeiro em seu livro “Sonho Manifesto”, que foi um dos pontos de partida para a pesquisa e criação da peça “Sonho Elétrico”, que estreia em 28 de junho no Sesc Vila Mariana. Com texto e direção de Marcio Abreu e produção da companhia brasileira de teatro, que está completando 25 anos de atividades ininterruptas em 2025, o espetáculo tem o elenco formado pelos artistas Jesuíta Barbosa, Jessyca Meyreles, Idylla Silmarovi e Cleomácio Inácio.
Em "Sonho Elétrico", um artista e integrante de uma banda (Jesuíta Barbosa) é atingido por um raio. Em estado de coma, o protagonista navega pelo limiar entre vida e morte, explorando memórias, sonhos e a possibilidade de despertar para uma nova chance. A narrativa se desenvolve como um percurso sensível na mente de um artista, servindo como metáfora para a iminência do fim e as oportunidades de transformação que podemos ter enquanto comunidade planetária.
A peça, em diálogo com a obra e a interlocução de Sidarta Ribeiro, neurocientista, capoeirista e escritor brasileiro, tem como ponto de partida seu livro “Sonho Manifesto: Dez exercícios urgentes de otimismo apocalíptico”, no qual compartilha conhecimentos de cientistas, pajés, xamãs, mestras e mestres de saber popular, artistas e inventores que nos lembram da importância de sonhar e agir coletivamente para o futuro do planeta. Também é a continuidade da pesquisa da companhia brasileira de teatro sobre o sonho, a História e a memória, individual e coletiva, iniciada em seu espetáculo anterior AO VIVO [dentro da cabeça de alguém] (2024).
“O autor consegue articular através de uma linguagem direta e acessível um conjunto de proposições e de temas muito diversos, atuais e urgentes. Essa capacidade de diálogo com as pessoas e com a sociedade plural na qual vivemos é o principal ponto de convergência entre o pensamento de Sidarta Ribeiro e o que buscamos nessa peça: uma obra fundamental para consolidar a importância social da arte e seu potencial transformador, que revisita o passado e inspira ações para o futuro, agora”, comenta Marcio Abreu.
“Sonho elétrico" é uma pesquisa, criação e produção dos membros da companhia brasileira de teatro: Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria. Com uma equipe diversa de multiartistas e parceiros colaborativos da companhia, conta com as colaborações criativas de: Key Sawao, bailarina e artista da cena e que assina a direção de movimento da peça; trilha sonora original e direção musical do multiinstrumentista e compositor Felipe Storino, com colaboração da compositora e cantora Juliana Linhares; assistência de direção do ator, bailarino e pesquisador Fábio Osório Monteiro; figurinos do estilista e criador Luiz Cláudio Silva e seu Apartamento 03.
A Gênese do Projeto
"Sonho Elétrico" é fruto de um processo criativo que se desenvolveu a partir da plataforma Voo Livre, criada em 2023 pelos artistas e produtores Marcio Abreu, Cássia Damasceno, Nadja Naira e José Maria. A relação da companhia brasileira com Sidarta Ribeiro e com temas relacionados ao sonho vem se desenvolvendo em diversos momentos, desde as pesquisas para a criação da peça "Sem Palavras", que estreou na França em setembro de 2021. O neurocientista participou de três momentos importantes da plataforma: primeiro, em cena, no acontecimento "Voo Livre - Futuros", em outubro de 2023 no Teatro de Arena do Sesc Copacabana, Rio de Janeiro. Em junho de 2024, volta à cena na reedição de "Futuros" no Teatro do Sesc Pompéia, em São Paulo. Nesta ocasião, Sidarta também colaborou na residência artística "Voo livre – Sonho Manifesto", direcionada a 30 jovens artistas de linguagens diversas, no Galpão do Sesc Pompéia, orientada por Marcio Abreu e a companhia brasileira de teatro, junto a artistas convidados como Key Sawao, Cristina Moura, Kenia Dias e Helena Vieira. E numa terceira edição já chamada de Voo livre - Sonho Elétrico, no CPT - Sesc Consolação, como convidado e palestrante, com a equipe criativa do espetáculo e mais 15 artistas assistentes.
Mais informações:
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FICHA TÉCNICA
Texto e Direção: Marcio Abreu
Pesquisa e Criação: Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria
Elenco e criação: Jesuíta Barbosa, Jessyca Meyreles, Idylla Silmarovi e Cleomácio Inácio
Interlocução teórica e criativa: Sidarta Ribeiro
Direção técnica, Iluminação e assistência de direção: Nadja Naira
Direção de produção e administração: Cássia Damasceno e José Maria
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Felipe Storino
Direção de Movimento e colaboração criativa: Key Sawao
Assistência de direção e colaboração criativa: Fábio Osório Monteiro
Música “Armadilha” e colaboração criativa musical: Juliana Linhares
Música “Emaranhada”: Juliano Holanda
Pianista em cena: Luís Chamis e Stephanie Borgani (em alternância)
Figurinos: Luiz Cláudio Silva | Apartamento 03
Cenografia: Marcio Abreu, José Maria e Nadja Naira
Assistência de dramaturgia e colaboração criativa: Aislan Salomão
Assistência de produção e arte: Taís Morgado
Design e técnico de som: Luan Casado e Felipe Grillo
Técnico de luz e programação: Ricardo Barbosa e Sibila Gomes
Assistência de cenografia e desenhos técnicos: Luana Gattoni
Cenotécnicos e maquinistas: Alexander Peixoto da Silva, Douglas Caldas, Brunno S. Guadanholi, Gonçalo Neres, Luís Carlos Ferreira
Camareira: Cristiane Ferreira da Silva
Fotos: Aristeu Araújo e Ethel Braga
Programação visual: Pablito Kucarz
Mídias Sociais: Kalindi D’Elia
Imagens e registro videográfico: Elisa Mendes
Assessoria de Imprensa: FT Estratégias - Fernanda Thompson, Barbara Godoy e Thiago Nepomuceno
Voo Livre - Sonho Elétrico - Residência realizada no CPT - Sesc Consolação entre 1o. e 30 de abril de 2025
Artistas Participantes: Ave Terrena, Cássia Damasceno, Cleomácio Inácio, Fábio Osório Monteiro, Felipe Storino, Grace Passô, Idylla Silmarovi, Jessyca Meyreles, Jesuíta Barbosa, José Maria, Juliana Linhares, Key Sawao, Marcio Abreu, Nadja Naira, Sidarta Ribeiro.
Artistas Assistentes: Artur Nava, Aruã José Yara, Bruno Maracia, Camila Couto, Clara Beatriz Medeiros, David Personagem, Karen Mezza, Ladislau Sabino, Legina Leandro das Dores, Piricaio, Rai do Sol, Tais Morgado, Vitinho Amaral, Vinicius Medeiros, Yasmin Gomes.
Criação e produção: companhia brasileira de teatro
Serviço - Sonho Elétrico
Estreia: 28 de junho
De quinta a sábado, às 20h; domingo, às 18h
Sessões extras dia 9 de julho, às 18h; e dia 30 de julho, às 15h
Sessões com acessibilidade em Libras e Audiodescrição nos dias 27/7 (dom) e 30/7 (qua)
Duração: 90 minutos
Classificação: 18 anos
Ingressos disponíveis a partir de 17 de junho no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo Portal Sesc SP e nas bilheterias do Sesc em todo o Estado – R$ 21 (credencial plena); R$ 35 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 70 (inteira)
Ingressos: Link
Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141, Vila Mariana
Estacionamento: 125 vagas - R$ 8,00 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 17 a primeira hora + R$ 4,00 a hora adicional (outros).
Paraciclo: 16 vagas - gratuito (obs.: é necessário a utilização de travas de seguranças).
Informações: 5080-3000
Redes sociais: @ciabrasileira
Atividade paralela
Dramaturgia e processos criativos - Conversa com Marcio Abreu e Sidarta Ribeiro, mediada pela dramaturga, diretora teatral e poeta Ave Terrena, a partir do espetáculo Sonho Elétrico.
Teatro Antunes Filho
Dia 1/7, 19h - Entrada Gratuita
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Sobre a companhia brasileira de teatro
A companhia brasileira de teatro é um coletivo de artistas de várias regiões do país fundado pelo dramaturgo e diretor Marcio Abreu em 2000, em Curitiba PR. Sua pesquisa é voltada sobretudo para novas formas de escrita e para a criação contemporânea.
Entre suas principais realizações, peças com dramaturgia própria, escritas em processos colaborativos e simultâneos à criação dos espetáculos, como PRETO (2017); PROJETO bRASIL (2015); Vida (2010); O que eu gostaria de dizer (2008).
Há ainda uma série de criações a partir da obra de autores inéditos no país como uma adaptação da obra Platonov de Anton Tchekov intitulada POR QUE NÃO VIVEMOS? (2019); a peça Krum (2015) de Hanock Levin; Esta Criança (2012), de Joël Pommerat; Isso te interessa? (2011), a partir do texto Bon, Saint-Cloud, de Noëlle Renaude; Oxigênio (2010), de Ivan Viripaev, Apenas o fim do mundo (2006) de Jean Luc Lagarce; Suíte 1 (2004) de Phillipe Myniana.
Suas criações mais recentes são AO VIVO [dentro da cabeça de alguém] (2024) e SEM PALAVRAS (2021) ambas com texto e direção de Marcio Abreu.
A companhia realiza ainda frequentes intercâmbios com outros artistas no país e no exterior, mantém um repertório ativo e circula com frequência pelo Brasil e Europa. O núcleo criativo da companhia é composto por Marcio Abreu [direção, dramaturgia, direção artística], Nadja Naira [atriz, iluminadora, coordenação técnica], Cássia Damasceno [atriz, administração] e José Maria [direção de produção].
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