Um negro de 38 anos é morto por asfixia após abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na semana em que a morte de George Floyd completa dois anos - Ousados Moda

Ousados Moda

Blogueira,colunista,escritora e compositora.

Destaque

sábado, 28 de maio de 2022

Um negro de 38 anos é morto por asfixia após abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na semana em que a morte de George Floyd completa dois anos

 

Na mesma semana em que, após dois anos do seu assassinato, George Floyd foi homenageado com a escultura “Conversa com George” erguida num parque em Houston, Genivaldo de Jesus Santos de 38 anos e negro foi morto por asfixia, em Umbaúba, litoral sul de Sergipe, após ser trancado no porta-malas de uma viatura após abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal). O que deveriam ser fatos isolados estão, infelizmente, se tornando cada vez mais comum. Segundo dados do Ministério Público de São Paulo, os procedimentos para a investigação de denúncias de injúrias qualificadas saltaram de 97, em 2020, para 708 em 2021. Já a Secretaria da Justiça e Cidadania paulista contabilizou 134 denúncias apenas no primeiro trimestre de 2022 enquanto no decorrer do ano passado foram 155.

Para Ana Minuto, nesses dois anos pouca coisa mudou. “Essa é uma luta mais de 500 anos de racismo estrutural e um dos reflexos disso é o fato da sociedade ainda olhar para os negros como subalternos, ladrão, e, para mudar isto é preciso que tenha envolvimento da sociedade como um todo para criar um treinamento mental, emocional para que as pessoas comecem a enxergar que este pré-julgamento que discrimina, adoece e mata”, diz a CEO da Minuto Consultoria Empresarial & Carreira, que através de palestras, workshops, cursos e processos de coaching coloca em prática uma metodologia para ajudar pessoas negras a desenvolverem autoconfiança e autoestima e, assim impulsionar sua carreira profissional.

Para ela, o aumento no número de denúncias é porque as pessoas estão mais conscientes que elas são consequências de racismo e que isto é muito errado. “O fato da pena também ser em cestas básicas ou ações voluntárias para alguns não é tão importante. O ideal seria envolver uma perda financeira ou até de imagem”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário