Romance brasileiro publicado pela Estação Liberdade será lançado em inglês - Ousados Moda

Ousados Moda

Blogueira,colunista,escritora e compositora.

Destaque

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Romance brasileiro publicado pela Estação Liberdade será lançado em inglês

 


Não adianta morrer, de Francisco Maciel, teve os direitos comprados pela editora New Vessel Press


Título: Não adianta morrer

Autor: Francisco Maciel

Capa da edição Brasileira

ISBN: 9788574482453

Formato: 14 x 21 cm | 288 páginas

Preço: R$ 65,00

Lançamento da edição inglesa: 13/1/2026

 

O romance Não adianta morrer, de Francisco Maciel, publicado no Brasil pela Estação Liberdade em 2017, terá edição em inglês pela editora estadunidense New Vessel Press, com lançamento marcado para 13 de janeiro, sob o título There’s No Point in Dying. A obra será distribuída nos Estados Unidos e para todo o mundo anglófono.

A notícia foi recebida pelo autor como “teletransportado da Estação Liberdade para a New Vessel Press. De São Paulo para Nova York. Do Estácio para o Harlem. Do Sambódromo para a Broadway. Do Cristo Redentor para a Estátua da Liberdade.”

O romance conta diversas histórias entremeadas e orquestra várias vozes que se passam e se fazem ouvir no bairro carioca do Estácio. O local é famoso há muito pelo Carnaval, por ser lá que se encontra o sambódromo da cidade; e há pouco, infelizmente, por ser o cenário do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Não adianta morrer contém a violência de muitos Brasis: o contemporâneo, os dos últimos tempos e os de séculos atrás. O narrador de Maciel relaciona, por exemplo, histórias de escravizados que se viciavam em comer terra nas fazendas, e por isso sofriam a punição de ter que vestir a máscara de flandres, com histórias de viciados em cocaína nos dias de hoje: leitores atentos perceberão a relação do pó ao pó. A atualização que Maciel produz, com sua observação perspicaz, desse e de outros muitos detalhes do país, é pujante.


Por outro lado, não se torna maçante, muito menos inviável, a leitura do texto coalhado de tragédias; pelo contrário, isso porque a excentricidade de muitos dos personagens da narrativa, como Pedrão, Vovô do Crime, Guile Xangô, Mirtes, Dafé, Marcelo Cachaça, as Comadres, os Quatro Mandelas, de certo modo diverte e faz uma representação digna do país que tem em seu povo o agente de transformação social mais criativo e fecundo.


A mesma New Vessel Press, que estampa sua logomarca na capa da edição em inglês de Não adianta morrer, é a responsável pela publicação da tradução de um romance brasileiro que ganhou, em 2023, o National Book Awards, prêmio de grande prestígio: A palavra que resta, de Stênio Gardel, vertido ao inglês por Bruna Dantas Lobato. O romance de Maciel, que tem excelente valor literário e merece mais reconhecimento, tanto mundo afora quanto aqui mesmo no Brasil, também foi traduzido por Lobato e com certeza está em boas mãos para alcançar um público mais amplo.

 

Título: Não há sentido em morrer

Autor: Francisco Maciel

Editora: New Vessel Press

Tradução: Bruna Dantas Lobato

Em depoimento, o autor relaciona o lançamento em inglês ao famoso verso de Carlos Drummond de Andrade: “É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.” E lhe dá as boas-vindas: Não adianta morrerThere’s No Point in Dying. Nada mudou e tudo mudou. É você mesmo quem está de volta a si mesmo, versão e diversão, em outro espelho, em outra língua. Seja bem-vindo. Welcome. Memórias futuras.”


A Estação Liberdade parabeniza o autor e convida os leitores a conhecer Não adianta morrer.

Francisco Maciel nasceu em São Gonçalo, Rio de Janeiro, em 1950. Começou a frequentar a escola aos seis anos de idade, para escapar dos trabalhos braçais que já fazia. Por meio de um concurso, conseguiu ingressar num colégio de elite de Niterói no segundo grau. Interrompeu a faculdade de jornalismo para rodar de carona pelo Brasil e outros lugares da América do Sul. Foi escritor precoce: desde os dez anos, escreve de forma obcecada e diligente. Em 1997, ganhou o Prêmio Julia Mann de Literatura, promovido pelo Goethe-Institut, com o conto Entre dois mundos, cujo título batizou a coletânea com os textos vencedores, publicada em 2001 pela Estação Liberdade — que no mesmo ano também editou seu romance de estreia, O primeiro dia do ano da peste. Em 1998, teve um texto seu, Morto de paixão na Avenida Brasil, levado ao teatro por Domingos de Oliveira. Também ganhou a edição de 2012 do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, na categoria Ficção, com uma versão de Não adianta morrer

Nenhum comentário:

Postar um comentário