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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Luís Capucho mostra delicadeza melódica no novo single 'A Masculinidade'

 

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Crédito: Divulgação


O cantor, compositor, escritor e pintor Luís Capucho, que já teve uma de suas composições gravadas por Cássia Eller, apresenta ao público seu novo single “A Masculinidade”, lançado pelo selo/produtora + Um Hits, responsável também pela promoção de seu próximo álbum (“Homens Machucados”).

A faixa marca uma etapa decisiva na carreira do artista, que se afirma cada vez mais como criador múltiplo, transitando entre música, literatura e artes visuais, e que agora encontra na música sua principal ocupação e modo de vida.

Ouça aqui: https://ditto.fm/a-masculinidade

“A Masculinidade”, criada em parceria com a cantora e Compositora Kali C, é descrita pelo artista como “delicada e melodiosa, redondinha, que se entorta um pouco na minha voz, mas se mantém firme no que é: sutil e bela para o ouvido”.

Um artista intuitivo e assumido

Capucho se define como um compositor intuitivo, sem formação acadêmica em música, mas com uma naturalidade criativa que o surpreende.

“Para mim é muito natural compor melodias, tanto que me surpreende que qualquer pessoa que toque um instrumento, não faça o mesmo", ele conta.

Quando enfrentou sequelas motoras que o impediram de tocar violão, encontrou na escrita de livros e na pintura novas formas de expressão. Sua série de retratos femininos, intitulada As Vizinhas de Trás, tornou-se parte de sua produção visual. Hoje, aposentado da docência em português, assume plenamente sua condição de artista.

“Sou um artista assumido, finalmente. Não que ser um artista assumido seja um artista pronto. Estou sempre aprendendo a me adaptar nas possibilidades que vão se apresentando para o perfil de artista que sou. É um caminho.”

A banda como extensão da vida

Pela primeira vez, Capucho mantém uma banda estável há cerca de dois anos, formada por Felipe Abou (bateria, também líder da Dinastia Zé) e Guilherme Vieira (baixo, integrante da Sutil Modelo Novo).

O trio atravessa gerações, com diferenças de 20 anos entre cada integrante, e compartilha a música como essência vital. Guilherme, ainda estudante de economia, quer viver de música; Felipe vê na música sentido para a vida; e Capucho, que se reconhece como artista assumido, encontra nela seu modo de existir. “Numa palavra, para os três, é a vida”, resume.

Referências e identidade sonora

A formação musical de Capucho começou na infância, em cidades do interior do Espírito Santo, ouvindo música caipira, brega e jovem guarda. Na adolescência, já em Niterói, mergulhou na MPB urbana e literária, de harmonias elaboradas, que se tornou sua base.

Após o coma e o reaprendizado do violão, sua voz e estilo ganharam rusticidade, aproximando-o do rock e do underground.

Essa dualidade o coloca tanto ao lado dos chamados “malditos” da MPB, ao lado de Jorge Mautner, do agora saudoso Jards Macalé, Walter Franco, quanto de ícones internacionais como Lou Reed e Tom Waits.

O disco Homens Machucados sintetizou essas duas fases, e agora, com os novos lançamentos, Capucho afirma ter chegado a uma definição mais clara de si mesmo: Luís Capucho.

Público e mercado

Capucho não se dirige a um público específico. “Não entendo que eu tenha um público definido. A priori meu público são as pessoas de um modo geral. Acho que o mercado é que define isso, meio que a minha revelia. Eu mesmo, me expresso livre, de meu ponto de vista, para qualquer um que esteja aberto, que se interesse, que goste ou que se toque.”

Sua obra, portanto, se abre a todos que estejam dispostos a se conectar com sua expressão artística, sem barreiras ou preconceitos.

Ficha técnica

Luís Capucho – voz e violão

Vitor Wutzki – guitarra

Saiba mais sobre o artista: @luiscapucho11.

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Biografia

Luís Capucho é compositor, escritor, cantor e violonista. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, radicou-se na cidade de Niterói desde 14 anos de idade.

Em 1988, graduou-se em Letras pela Universidade Federal Fluminense. Voltou à mesma instituição acadêmica em 2010, para pós-graduação em Leitura e Produção de Texto.

Participante da mesma safra de artistas em que surgiram Pedro Luís e Arícia Mess, é incluído nos anos 90 pela imprensa paulista num movimento chamado de “Retropicalismo”.

Em 1993, teve o primeiro registro como compositor, com a gravação de suas canções “Maluca” e “Minha casa é um céu” por Rita Peixoto e Carlos Fuchs.

Em 1996, estreou como cantor com a canção “O amor é sacanagem”, de sua autoria, no CD coletivo “Ovo”, ao lado de Arícia Mess, Suely Mesquita, Pedro Luís, Mathilda Kóvak, Fred Martins e Rodrigo Campello, entre outros artistas autodenominados “retropicalistas”.

Em 1997, Pedro Luís e A Parede incluíram no CD “Astronauta Tupy” sua música “Máquina de escrever” (c/ Mathilda Kóvak). Nesse mesmo ano, Daúde gravou “Romena”, de sua parceria com Suely Mesquita.

Em 1999, Cássia Eller gravou sua canção “Maluca” no CD “Com você meu mundo ficaria completo”. Nesse mesmo ano, sua música “Máquina de escrever” (c/ Mathilda Kóvak) recebeu regravação no CD “Ah!”, de Patrícia Amaral. Também em 1999, publicou o romance “Cinema Orly” [4] (Editora Interlúdio).

Em 2000, Eleonora Falcone gravou no CD “Apetite” suas músicas “Me atende” (c/ Suely Mesquita), “Bruto” e “Destruição”, além de “Michel Jackson usa batom”, parceria de ambos.

No ano seguinte, Suely Mesquita incluiu no repertório do CD “Sexo Puro” a canção “Aristocracia”, parceria de ambos. Também em 2001, Rita Peixoto e Carlos Fuch gravaram sua composição “Dominus” (c/ Marcos Sacramento) no CD “Na minha cara”.

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