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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Pesquisador Wallace Armani, radicado no Rio, lança “Por uma administração socialista”, uma crítica marxista à dominação capitalista nas organizações

 

Obra demonstra como a chamada “administração científica” é uma ferramenta de dominação que permeia todas as esferas da sociedade, das empresas às igrejas, e propõe uma reflexão sobre este campo do conhecimento a partir do socialismo revolucionário


O doutorando em Sociologia Política e professor Wallace Armani acaba de lançar o livro “Por uma administração socialista” pela Editora Diálogo Freiriano. A obra não é um manual, mas um instrumento político que tem como objetivo central uma análise marxista e revolucionária da Administração, partindo da crítica da economia política e do materialismo histórico. O autor argumenta que a Administração, longe de ser um campo neutro ou puramente técnico, se tornou a principal gramática do neoliberalismo, hegemonizado discursivamente por ambientes tão diversos quanto empresas privadas, ONGs, partidos, sindicatos e governos.


A motivação para a escrita surgiu da experiência do autor como professor da disciplina “Ciências Sociais e Humanas” para alunos de Administração e Ciências Contábeis, somada às suas pesquisas para o doutorado. “As discussões levantadas nessas atividades me deram base para a confecção do livro”, explica Armani. O processo de escrita, que aproveitou parte das leituras realizadas para a tese, concentrou-se durante o primeiro semestre de 2025, resultando em uma escrita ensaística e acessível, propositalmente distante dos academicismos.


As principais mensagens do livro são um enfrentamento direto ao pensamento dominante. “Mostrar como a Administração não é neutra e muito menos algo somente ‘técnico’”, pontua o autor. A obra demonstra como essa ferramenta se manifesta dentro das organizações e impacta diretamente a vida do trabalhador, criticando todas as formas de dominação do capital. O livro se posiciona contra leituras da realidade apoiadas em preceitos positivistas, neoliberais e pós-estruturalistas, que, para Wallace, compactuam com a manutenção do status quo. “Apresento o socialismo como único meio necessário para a emancipação da humanidade em busca do comunismo. Não acredito em reformas pelo capitalismo, muito menos em um ‘capitalismo humanizado’”, declara.


O autor acredita que o trabalho aprofundou sua visão sobre as mazelas do capitalismo e o deixou mais preparado para estabelecer um diálogo crítico com a sociedade. “A escrita dele me permitiu organizar muitas reflexões e observações que já possuía, mas que até então não tinha condições materiais necessárias para a sua concretização”, confidencia. A obra representa a convergência de sua vasta formação acadêmica e sua atuação prática como gestor de sua própria escola de idiomas e membro de conselhos fiscais sindicais, tudo filtrado por anos de estudo sistemático da literatura marxiana.


Sobre o autor


Wallace Armani, 48 anos, é natural de Belo Horizonte e reside no Rio de Janeiro. Doutorando e mestre em Sociologia Política (IUPERJ-UCAM), é graduado em Secretariado Executivo, Empreendedorismo, Ciências Humanas, Ciência Política e Gestão de Partidos Políticos, além de possuir três pós-graduações. Atua como diretor geral na Wallace Armani - Centro de Idiomas e Outros Estudos (CIOE) e editor geral na Editora Simulacro. Hiperpoliglota reconhecido pela HYPIA (The International Association of Hyperpolyglots), é também autor de “Impeachment: Sinal de Crise da Democracia” (Diálogo Freiriano/2024) e de obras de ficção científica e ensaios sociológicos publicados pela Editora Simulacro.

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