São Paulo, 2 de outubro de 2025 – Estudo inédito realizado na AACD, publicado na revista científica americana Pediatric Physical Therapy, referência mundial na área de reabilitação infantil , mostra o impacto positivo da Fisioterapia Aquática na marcha de crianças com paralisia cerebral. A pesquisa demonstrou que o protocolo terapêutico foi efetivo para o aumento da distância percorrida e da velocidade da marcha nos testes funcionais de caminhada.
Conduzido pelo fisioterapeuta Caio Castro e grupo de pesquisadores da AACD, o estudo clínico comparou dois protocolos terapêuticos desenvolvidos na Fisioterapia Aquática da AACD, área que possui cerca de 60 profissionais: exercícios aquáticos de equilíbrio e de controle de tronco. Após 16 sessões realizadas ao longo das mesmas oito semanas, os pacientes com paralisia cerebral submetidos aos exercícios de equilíbrio obtiveram ganhos clínicos importantes: caminharam em média 92,6 metros a mais que o grupo de tronco e com velocidade de marcha superior.
“A publicação é mais uma conquista importante para a Fisioterapia Aquática da AACD, que vem consolidando sua trajetória com pesquisas de crescente complexidade, alcançando publicações de relevância clínica, fortalecendo o posicionamento da AACD como referência em reabilitação neuro-ortopédica. Os resultados do estudo foram compartilhados com a equipe em reuniões setoriais e disseminado para todos os sete centros de reabilitação da instituição pelo Brasil, reforçando nossa atuação integrada”, diz Caio Castro.
Para o estudo, foram selecionados 16 pacientes da AACD com paralisia cerebral espástica bilateral, classificada nos níveis II e III do GMFCS (Gross Motor Function Classification System – Sistema de Classificação da Função Motora Grossa), de ambos os sexos e com idades que variavam de 6 a 8 anos. Os participantes foram submetidos a avaliações antes e depois das intervenções com protocolos de Fisioterapia Aquática aplicados em condições idênticas.
Atualmente, 44% dos atendimentos da AACD são para pacientes com paralisia cerebral. Esta é a condição mais comum na infância, desencadeando deficiência física. Trata-se de um distúrbio não progressivo causado por uma lesão no cérebro imaturo e engloba um grupo heterogêneo de alterações permanentes no desenvolvimento do movimento e da postura.
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