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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Clube Leituras Conjuntas Acrópole discute “O homem não foi feito para ser feliz”, do cearense Maurício Mendes

 

O encontro extra do clube de leitura acontece dia 08/11, a partir das 14h


No dia 8 de novembro, a partir das 14h, o médico e escritor Maurício Mendes participa do encontro extra do clube Leituras Conjuntas Acrópoletocado pelo autor, professor e doutor em literatura, Luigi Ricciardi. No evento que acontece online, via Google Meet, o autor apresenta e discute seu romance de estreia, O homem não foi feito para ser feliz (Mondru, 184 págs.), que aborda temas como racismo, misoginia e a desumanização dos afetos. A obra já foi destaque em turnê de lançamentos no Ceará e na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). O encontro é gratuito e o link deve ser solicitado na página do projeto.

Narrado em primeira pessoa, o romance acompanha Germano, um médico pardo cuja trajetória de ascensão social revela frustrações afetivas, cinismo e um profundo sentimento de inadequação diante de uma sociedade marcada por racismo, misoginia e hipocrisia.

A obra conta com textos de blurb e prefácio assinados pelo escritor Santiago Nazarian, segundo blurb por Evelyn Blaut, escritora, crítica literária e diretora do Centro Cultural Astrolabio e terceiro blurb da escritora Natércia Pontes.

“Optei por uma estrutura fragmentada e não linear, entrelaçando flashbacks e conduzindo a narrativa por meio de um narrador-personagem falho e contraditório. Ele se expressa através de depoimentos, diálogos e metáforas, explorando elisões, fluxo de consciência e passagens oníricas”, explica o autor, que define seu estilo como “contemporâneo, irônico, reflexivo, ácido e, paradoxalmente, sensível”.

Para Mendes, que escreve desde a adolescência, a publicação do romance nasceu do medo de que antigas histórias guardadas jamais fossem lidas. “Tive medo que tudo terminasse ali e essas histórias nunca pudessem ser lidas. Foi o evento catalisador para, enfim, dedicar-me a concluir meus projetos literários: o medo do esquecimento.”

Com forte carga crítica, a obra aborda solidão, masculinidade, mercantilização da saúde e racismo. “Sim, trata-se de um romance com forte crítica social, mas não se reduz a isso. Sim, flerta com o sentido e a utilidade da existência, mas vai além. Sim, expõe as entranhas da fragilidade e da misoginia do homem moderno, mas não se resume a essa questão. E claro, é também, uma história de amor, mas nunca apenas isso.”

A complexidade do livro chamou a atenção do escritor Santiago Nazarian:

“Através de um personagem falho e misógino, Maurício Mendes reflete muito sobre a relação homem-mulher e as utopias dos relacionamentos. Pautas tão em voga quanto emancipação feminina e racismo são tratadas de maneira original e mordaz, com um excelente apoio de grandes obras da literatura.”

Nascido em Fortaleza em 1970, Maurício Mendes é médico nuclear com mais de 25 anos de atuação na área. À margem da idealização, seu narrador revela as fissuras de um mundo onde o sucesso profissional não garante plenitude emocional — e onde a crítica social é, acima de tudo, uma busca por sentido. “Escrevo sobre temas que me são próximos, como a questão racial e a mercantilização da saúde, ou outros, tão distantes de mim que me causam assombro e fascínio.”

Com uma série de eventos previstos ainda para este ano, a obra também será lida pelos clubes do projeto Leituras Paralelas e no Clube de Leitura do BNB, ambos de Fortaleza/CE, em maio de 2026.

AGENDA

O que: Participação de Maurício Mendes no clube Leituras Conjuntas Acrópole

Quando: 8/11, a partir das 14h

Onde: via Google Meet

Como acessar: o encontro é gratuito e o link deve ser solicitado na página do projeto.

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