Canal Brasil exibe “Ouvidor”, documentário inédito sobre ocupação artística e resistência no centro de São Paulo

 

Com estreia marcada para hoje, às 20h, o longa revela a vida e as contradições da Ocupação Ouvidor 63, um dos símbolos da arte independente e do direito à moradia na capital paulista

Edifício da Ocupação Artística Ouvidor 63, também conhecido como Centro Cultural Ocupa Ouvidor. Fotos: Reprodução/SP 1 O Canal Brasil exibe nesta segunda, 13 de outubro, às 20h, o documentário inédito “Ouvidor”, dirigido por Pedro Marques e Fernando Neumayer. O filme mergulha no cotidiano da Ocupação Artística Ouvidor 63, no centro de São Paulo, espaço que se tornou referência de resistência urbana, criação coletiva e debate sobre moradia, arte e política. Gravado ao longo de meses de convivência com os moradores, o documentário revela os bastidores de um edifício abandonado que se transformou em um laboratório cultural que luta contra despejos forçados e ações autoritárias do governo do Estado de São Paulo. Localizada em um prédio de 13 andares na Rua do Ouvidor, a ocupação abriga artistas, músicos, performers e ativistas que reinventaram o espaço como um território de experimentação e convivência. “Ouvidor” acompanha seus dias, conflitos e criações, mostrando como a arte surge como forma de sobrevivência e como resposta às desigualdades urbanas. A narrativa do longa-metragem propõe uma linguagem observacional, que aproxima o espectador da rotina dos ocupantes e de suas intervenções artísticas. O resultado é um retrato sensível e político sobre a potência criativa nas margens da cidade e os desafios de quem faz da arte uma forma de ocupar o mundo. Ouvidor (2023) (75') – Inédito Horário: Segunda, dia 13/10, às 20h Classificação: 16 anos Direção: Matias Borgström Sinopse: No filme, acompanhamos a luta de uma das maiores ocupações artísticas da América Latina contra os despejos forçados e as ações autoritárias do governo do Estado de São Paulo. O grupo de artistas e residentes da Ouvidor 63 resiste às ameaças e, com sua presença no prédio, combina a briga por moradia digna às possibilidades de livre criação da arte. O documentário busca explorar as diferentes maneiras em que os moradores instigam novas experiências de coletividade e autonomia popular.