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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Cearense Diego Gregório lança Poemas de Partida e de Chegada (ou Os Cães Não Desamam) livro que narra o que existe de bonito depois do fim

 


Obra reúne poemas que transformam a dor em linguagem. A obra foi contemplada no 13º Edital Ceará das Artes da Secretaria de Cultura do Ceará na categoria Linguagem Literária


Um livro começa onde algo termina. Não é uma metáfora, é uma geografia íntima criada pelo poeta e jornalista cearense Diego Gregório em seu novo livro de autoficção poética, "Poemas de partida e de chegada ou Os cães não desamam", um mergulho nas profundezas do amor, do abandono e das relações humanas. A obra conta capa assinada pela artista Azuhli, ilustrações de Humus, projeto gráfico de Samuel Tomé e prefácio de Francisco Custódio, do podcast Histórias Diversas. Todos LGBTs e cearenses. A obra foi contemplada no 13º Edital Ceará das Artes da Secretaria de Cultura do Ceará na categoria Linguagem Literária.


Uma escrita que desacelera: conheça a poesia de Diego Gregório


O livro tem 66 poemas e 100 páginas. Nelas, ele percorre um “país particular que foi devastado pela guerra” como diz, e revisita momentos nos convidando a participar deles por meio de textos quase cinematográficos, um traço do autor. É possível estar ali “naqueles dias na praia” e passear com ele pelas ruínas de um casamento desfeito. 


O autor chama seus poemas de “os cães” e explica: “Chamo-os assim porque como os cães, ao contrário de nós, não desamam. O livro é um documento de beleza, mas também de sobrevivência emocional”, explica o autor que defende a escrita como território de cura e da autoficção poética. “Eu escrevo não o que houve, não há uma confissão aqui, eu descrevo um sentimento porque quero entendê-lo, é como um soldado que volta da guerra e só conta o que sentiu e não o que de fato houve.”


O autor também defende a descentralização da poesia dos grandes centros urbanos e vai na contramão da performance, do engajamento compulsivo, da rapidez e do ruído. Diego propõe uma escrita que desacelera. “Escrever poesia, hoje, é um gesto dissidente. É recusar a lógica da produção. Eu levei dois anos para escrever esse livro, num mundo que vive de segundos.”


Influenciado por Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar e Sylvia Plath, sua escrita oscila entre o corpo e o pensamento, o sertão e a cidade. Ele vem de Fortaleza, mas seu texto carrega universalidade poética, rompendo regionalismos.


Sobre Diego Gregório

O cearense Diego Gregório é jornalista, assessor de imprensa e escritor. Foi escolhido em 2024 como um dos 10 principais assessores de imprensa do estado do Ceará, segundo o mercado. Como autor, escreveu Coisas Que Você Mesmo Poderia Ter Dito e nas coletâneas “Fissura” “Toda Forma de Amar” e “Poemas de Partida e de Chegada”

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