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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

29 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo Cigarro não compromete apenas o sistema respiratório, também atinge de forma silenciosa e grave o sistema vascular, aumentando o risco de amputações, tromboses e envelhecimento precoce das artérias

 


O médico Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, explica que um dos problemas mais sérios é a doença arterial periférica (DAP), caracterizada pelo estreitamento e obstrução das artérias das pernas. “O tabagismo é um dos principais fatores de risco para a DAP. Quando não tratada, pode evoluir para isquemia grave e levar à amputação. Estima-se que milhares de amputações realizadas anualmente no Brasil estejam relacionadas, direta ou indiretamente, ao fumo”, afirma.

Além da DAP, o cigarro aumenta a propensão à formação de coágulos, elevando o risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. O médico alerta que, no caso de mulheres fumantes que usam pílula anticoncepcional, esse perigo é potencializado. “Essa combinação pode multiplicar o risco de trombose e acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em mulheres com menos de 40 anos”, reforça.

O tabaco também acelera a aterosclerose, um processo inflamatório que “enferruja” os vasos sanguíneos, reduzindo a circulação e aumentando a chance de infarto e derrame. Outro impacto pouco comentado é a má cicatrização. “O fumo reduz o fluxo de sangue e oxigênio para os tecidos, dificultando a recuperação de feridas e aumentando o risco de úlceras arteriais e venosas, um desafio frequente no consultório do cirurgião vascular”, explica o especialista.
 

Nem mesmo quem não fuma está livre dos danos. O fumo passivo pode causar alterações na função vascular, predispondo a doenças cardiovasculares e vasculares periféricas. “A exposição contínua à fumaça do cigarro provoca inflamação e prejuízos circulatórios mesmo em não fumantes”, alerta Dr. Caio.

Apesar dos riscos, a boa notícia é que os benefícios de parar de fumar são rápidos. “Em poucos dias sem cigarro, já é possível perceber melhora na circulação. Em semanas, o fluxo sanguíneo aumenta e a oxigenação dos tecidos melhora significativamente. É um impacto positivo que continua a crescer ao longo dos meses e anos”, finaliza.
 


 

FONTE: Dr. Caio Focássio Link

Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten – Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

www.drcaio.com.br

Instagram: @drcaiofocassiovascular

 

 

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