Choque de dados sobre "epidemia" de autismo e reações a remédios para TDAH acentuam o debate e pressionam por políticas urgentes.
Na quinta‑feira (10/4), em reunião na Casa Branca, o Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., classificou de ‘epidemia’ o aumento do autismo infantil e afirmou que novos dados — ainda não divulgados — apontam 1 em 31 crianças com o diagnóstico, entre 1 em 36 do último CDC.
O secretário trouxe à tona um tema sensível: a identificação da causa do que ele descreve como uma “epidemia de autismo”. Kennedy revelou que novos dados, ainda não divulgados oficialmente, sugerem um aumento alarmante na prevalência do autismo entre crianças de 8 anos, que poderia estar em 1 a cada 31 — um índice superior ao último relatório do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), que apontava 1 em 36.
Caso esses números sejam confirmados, isso implicaria que o Brasil poderia ter, proporcionalmente, cerca de 6,9 milhões de indivíduos autistas.
É necessário que seja feita corretamente a abordagem das patologias graves que acometem as crianças. Infelizmente poucos profissionais do Brasil tem formação para isso, e enxergam o indivíduo por traz do seu diagnóstico. Precisamos de médicos que tratem mais que sintomas – Alerta a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em Neurodesenvolvimento
A investigação está sendo liderada pelo NIH (Instituto Nacional de Saúde dos EUA) e envolve a colaboração de centenas de cientistas de diversas partes do mundo; o objetivo é descobrir as causas dessa epidemia, eliminando as exposições prejudiciais. O estudo pretende analisar uma variedade de fatores que vão desde alimentação até possíveis toxinas ambientais.
Segundo a especialista em Autismo e Neurodesenvolvimento - Caso essa epidemia venha se confirmar, representará um salto significativo em relação aos dados anteriores. Isso reforça ainda mais a urgência por políticas públicas voltadas à inclusão, diagnóstico precoce e suporte adequado para famílias e profissionais envolvidos no cuidado com o espectro autista.
Outra polêmica envolve um estudo sobre TDAH, publicado na conceituada New York Times no último dia 14 de abril, vem questionando o olhar sobre essa condição, apontando que a avalanche de diagnósticos, 7 milhões de crianças só nos Estado Unidos, pode ser equivocada.
Embora o número de diagnósticos venha crescendo anualmente, cientistas alegam que não compreendem a condição adequadamente, em comparação a explosão dos casos.
O caminho certo é individualizar cada criança a fim de otimizar cada tratamento. Lembrando que nao existe apenas um diagnóstico, existe um indivíduo em sofrimento que usa muitas vezes o comportamento como forma de comunicação. E nossa obrigação entender essa linguagem e fazer o que há de melhor na história de cada paciente e sua família – explica a Dra. Gesika.
No entanto, pesquisadores estão afirmando que medicamentos como Ritalina e Adderall só trazem alguma melhoria para o comportamento no curto prazo, mas não melhora o aprendizado. E os efeitos acabam sumindo depois de alguns anos. Crianças que fizeram uso de estimulantes ao longo dos anos, tiveram o crescimento comprometido, sendo mais lento. E os sintomas do TDAH voltaram para o mesmo nível dos indivíduos que nunca fizeram uso dos medicamentos.
Outros apontamentos que cientistas estão fazendo é que "nem todo o problema está no cérebro ", mas que o ambiente pode ser a resposta. Por exemplo, quando indivíduos melhoram apenas por uma mudança de rotina, trabalho ou escola. Trata-se mais de uma adaptação ambiental para cada pessoa.
A verdade está vindo à tona! Há muitos equívocos que precisam ser esclarecidos, e isso é um passo importante para criar uma sociedade saudável, mais inclusiva e empática – Finaliza a Dra. Gesika Amorim
CRÉDITOS:
Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo
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