Ondas de calor: como cuidar da saúde com a alta na temperatura? - Ousados Moda

Ousados Moda

Blogueira,colunista,escritora e compositora.

Destaque

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Ondas de calor: como cuidar da saúde com a alta na temperatura?

Especialistas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) compartilham dicas para proteger nariz, ouvidos, e garganta durante o calor excessivo

 

Como se já não bastasse o aumento da temperatura por conta do verão, nos últimos dias diversas regiões do país têm passado pelo que os especialistas chamam de ‘ondas de calor extremo’, com os termômetros marcando até 7º acima da média, segundo o Climatempo.

 

Nesse sentido, especialistas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) se reuniram para compartilhar algumas dicas fundamentais para o cuidado do nariz, ouvido e garganta, evitando doenças e desconfortos potencializados pelo calor excessivo.  

 

 

1. Hidratação

 

Beba água com frequência. Com o calor excessivo, a transpiração aumenta e, consequentemente, a necessidade de hidratação também. A falta de líquidos pode causar ressecamento na boca, garganta, nas vias aéreas superiores e a umidade das mucosas dos ouvidos, predispondo a pessoa a infecções e irritações. Além disso, a secura na mucosa nasal pode dificultar a filtragem de agentes patogênicos, como poeira e poluentes. “É importante lembrar sempre da lavagem nasal. A aplicação de solução salina ou soro fisiológico nas narinas ajuda a remover as impurezas acumuladas ao longo do dia e a manter a umidade nasal, proporcionando mais conforto na respiração”, complementa Fabiana Valera, otorrinolaringologista da Academia Brasileira de Rinologia e membro da ABORL-CCF

 

2. Evite exposição prolongada ao ar seco

 

Quando possível, evite ficar por longos períodos em ambientes com ar condicionado. Se necessário, use um umidificador para manter a umidade do local. “O ar condicionado e o ventilador, apesar de trazerem alívio momentâneo em locais fechados, podem ressecar o ar e causar desconforto na garganta e nariz. Isso favorece a proliferação de vírus e bactérias, resultando em resfriados, dores de garganta e até sinusites”, explica a especialista da Academia Brasileira de Laringologia e Voz e membro da ABORL-CCF, Karine Gonçalves.

 

 3. Atenção aos exercícios ao ar livre

 

Praticar atividades físicas é uma excelente forma de manter a saúde, mas o calor pode tornar essa prática arriscada, especialmente se você já sofre de doenças respiratórias, como asma ou rinite. O esforço físico em temperaturas altas pode ressecar ainda mais as vias respiratórias, levando a crises de tosse e dificuldades respiratórias.

 

Evite praticar exercícios em horários de pico de calor, preferindo as primeiras horas da manhã ou o final da tarde, quando as temperaturas são mais amenas. Sempre leve uma garrafa de água e hidrate-se durante a atividade física.

 

4Cuidado com a água

 

Com o calor, o aumento da frequência de banhos de piscina e do tempo no mar pode levar ao acúmulo de umidade nos ouvidos, favorecendo o surgimento de otites. Essa infecção é comum nessa época do ano e pode causar sintomas como coceira, descamação, sensação de abafamento e desconforto no canal auditivo. 

 

“Recomendamos que, ao sair do mar ou da piscina, a região dos ouvidos seja seca apenas com uma toalha macia. Evite utilizar objetos ou instrumentos para a secagem ou limpeza interna das orelhas”, alerta Robinson Koji Tsuji, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia e membro da ABORL-CCF. 

 

Para as crianças, que costumam passar mais tempo em atividades aquáticas, uma medida preventiva é o uso de tampões de silicone moldável, que ajudam a evitar a entrada de água nos ouvidos e reduzir o risco de infecção.

 

Sobre a ABORL-CCF 

 

Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600 otorrinolaringologistas em todo o país.


Nenhum comentário:

Postar um comentário