Caso na Inglaterra chama atenção sobre como procedimentos dermatológicos podem causar queimaduras de segundo grau
Recentemente, Melia Nielsen, de 24 anos, sofreu queimaduras de segundo grau e cicatrizes após um procedimento estético que não saiu como esperado. O incidente ocorreu durante uma sessão de microagulhamento na Inglaterra.
O microagulhamento é uma técnica estética que utiliza pequenas agulhas para estimular a produção de colágeno na pele, quando realizado corretamente, não causa queimaduras. Contudo, se o procedimento for realizado de forma muito agressiva ou combinado com certos ácidos pode resultar em reações adversas.
“As queimaduras de segundo grau afetam as camadas mais profundas da pele, resultando em dor intensa, bolhas e, em alguns casos, cicatrizes permanentes. Infelizmente, muitos pacientes não estão cientes desses riscos”, explica Andrezza Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma.
Um dos problemas menos discutidos, mas igualmente graves, são as queimaduras de segundo grau, que podem ocorrer durante tratamentos como laser, peelings químicos e aplicação de luz intensa pulsada (LIP), por exemplo.
Tratamentos a laser
Os lasers são amplamente utilizados para tratamentos estéticos, incluindo remoção de manchas, rejuvenescimento facial e resurfacing da pele. No entanto, as queimaduras podem ocorrer quando as configurações do laser não são ajustadas especificamente para o tipo de pele do paciente ou quando a técnica utilizada não é segura.
Os efeitos adversos incluem eritema severo, dor e formação de bolhas, que podem interromper cuidados médicos e atrasar a recuperação.
Peelings químicos
Esses tratamentos são populares para melhorar a textura da pele, reduzir cicatrizes de acne e suavizar linhas finas. Entretanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a aplicação de ácidos em concentrações muito elevadas ou a exposição ao sol após o tratamento pode resultar em queimaduras.
O excesso de ácido salicílico, por exemplo, pode levar a reações adversas graves, resultando em danos permanentes à pele e necessitando de intervenções.
Luz intensa pulsada (LIP)
A LIP é outra técnica utilizada comumente para tratar manchas, rosáceas e até mesmo pelos indesejados. Quando utilizado de forma irresponsável, o LIP pode provocar queimaduras de segundo grau. A falta de cuidados na escolha da intensidade do tratamento, aliada à ausência de monitoramento adequado, pode levar a lesões de pele que resultam em queimaduras dolorosas.
A prevenção é a chave para evitar esses estágios indesejáveis. Para Andrezza, a principal dica é buscar profissionais de estética bem treinados e que sigam protocolos rigorosos de segurança.
Orientações sobre cuidados pré e pós-procedimento são igualmente essenciais. “Os pacientes que se submetem a esses tratamentos devem ser informados sobre a importância de proteger a pele, utilizando hidratantes adequados e protetor solar”, conta ela.
Caso sejam aplicados sinais de queimadura, como desprendimento da pele, bolhas ou dor intensa, a assistência médica deve ser procurada imediatamente. O tratamento precoce é essencial para evitar complicações e auxiliar na recuperação. Segundo Andrezza, nestes casos, a escolha do tratamento adequado é essencial para acelerar a recuperação e prevenir complicações.
“O mercado já oferece tecnologias eficientes para esse tipo de tratamento, a exemplo da Membracel, uma membrana especial que substitui temporariamente a pele, alivia a dor e acelera o processo de cicatrização”, exemplifica a enfermeira.
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