O câncer de pele continua liderando o ranking dos tipos mais frequentes no Brasil. As projeções mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para cerca de 220 mil novos casos anuais de câncer de pele não melanoma entre 2023 e 2025 — incidência que se mantém elevada e exige reforço contínuo nas ações de prevenção. Já o melanoma, tipo mais agressivo, deve registra aproximadamente 8,4 mil novos diagnósticos por ano, segundo estimativas nacionais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 80% dos melanomas no mundo estão diretamente ligados à exposição aos raios ultravioleta (UV). No Brasil, país com alta insolação durante praticamente todo o ano, o risco aumenta: o Ministério da Saúde já alertou para índices UV extremos durante o verão, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste.
“Estamos diagnosticando lesões mais cedo, mas também vendo casos avançados em faixas etárias cada vez mais jovens”, diz a dermatologista Katy Zaclis Goldman. Referência em Dermatologia Estética e com 30 anos de experiência clínica, ela reforça que o Dezembro Laranja é uma das campanhas mais estratégicas para reduzir a incidência da doença.
“Estamos diagnosticando mais lesões precoces graças ao aumento da conscientização, mas também observamos casos avançados em pessoas jovens, muitas vezes por hábitos inadequados de exposição solar e falta de uso regular de protetor”, explica a médica. Coordenadora de cursos de pós-graduação na área dermatológica na Universidade Santo Amaro, Goldman ressalta que queimaduras solares na infância aumentam drasticamente o risco de câncer de pele na vida adulta, e que pessoas de pele clara, olhos claros e histórico familiar de melanoma devem redobrar a atenção.
Principais sinais que exigem consulta imediata
A dra. Katy reforça a regra do “ABCDE” — método simples para identificar alterações suspeitas em pintas e manchas:
A – Assimetria: um lado diferente do outro
B – Bordas irregulares
C – Cor variada
D – Diâmetro maior que 6 mm
E – Evolução rápida em dias ou semanas
Outras dias da médica:
- Feridas que não cicatrizam por mais de quatro semanas também exigem avaliação dermatológica.
- Prevenção: medidas simples que salvam vidas
- Uso diário de filtro solar com FPS adequado
- Reaplicação a cada 2 horas
- Evitar exposição entre 10h e 16h
- Chapéu, óculos escuros e roupas com proteção UV
- Consulta anual com dermatologista
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