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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

18 de Outubro - Dia mundial da Menopausa Fase que pede cuidado, informação e acolhimento

 



Especialistas da Afya  explicam a menopausa de várias perspectivas e fornecem dicas para mulheres neste período de transformações físicas e emocionais.



Ondas de calor, alterações no sono, irritabilidade e ganho de peso estão entre os sintomas mais comuns da menopausa, uma fase natural da vida da mulher marcada pela interrupção definitiva da menstruação e pela redução da produção hormonal. Embora ainda cercada por tabus, a menopausa não deve ser vista como o fim da vitalidade, mas como o início de uma nova etapa que pode ser vivida com saúde e bem-estar. No Brasil, a dimensão desse ciclo é significativa: segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 30 milhões de mulheres estão em climatério e menopausa, sendo aproximadamente 9,2 milhões na menopausa propriamente dita , faixa que abrange mulheres entre 50 e 65 anos.

Segundo Karoline Fiorotti, professora de geriatria da Afya Educação Médica Vitória, “ela não é uma doença, mas uma transição fisiológica que marca o fim do período reprodutivo e o começo de uma fase que pode ser muito produtiva e prazerosa, desde que a mulher conte com acompanhamento adequado e mantenha hábitos saudáveis”.

A especialista reforça que esse momento deve ser encarado como um ponto de virada na saúde feminina e uma oportunidade para revisar hábitos, prevenir doenças crônicas e cuidar da saúde óssea, cardiovascular e mental. “Antes, a proteção hormonal natural oferecia uma certa ‘vantagem’ cardiovascular e óssea, e agora é o momento de agir de forma consciente para manter essa proteção. O próprio processo de envelhecimento aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes, dislipidemia e síndrome metabólica. Investir ativamente no cuidado da saúde física, mental e emocional é a melhor estratégia para viver a menopausa com bem-estar e qualidade de vida”, explica Karoline, ressaltando a importância de envelhecer com autonomia, equilíbrio físico e emocional.


Como saber se estou na menopausa?

De acordo com a professora de ginecologia da Afya Educação Médica Goiânia, Tatiana Chaves, o acompanhamento ginecológico é essencial durante toda a vida da mulher, especialmente no climatério, fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. “É nesse momento que ocorre a queda dos níveis hormonais, o que justifica o surgimento dos sintomas climatéricos”, explica. Esses sintomas costumam aparecer antes mesmo de alterações no ciclo menstrual. “O ressecamento vaginal leva à falta de lubrificação no ato sexual, o que causa desconforto e diminuição da libido”, exemplifica. Outro sintoma comum é o fogacho, caracterizado por ondas de calor seguidas de frio, que podem causar insônia, irritabilidade e indisposição.

Tatiana reforça que, quando não há contraindicações, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada, pois alivia os sintomas e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e osteoporose. A via de administração  oral, adesiva ou local, deve ser escolhida junto à paciente, garantindo conforto e adesão ao tratamento.

A coordenadora de endocrinologia da Afya Ribeirão Preto, Dra. Renata Maksoud, lembra que as mudanças hormonais da menopausa vão muito além do sistema reprodutor. “A queda de estrogênio, progesterona e até de testosterona afeta todo o organismo. É comum notar ondas de calor, suores noturnos, distúrbios do sono, ganho de peso e alterações de humor”, afirma. Segundo ela, essa transição sistêmica impacta o cérebro, o metabolismo, os ossos e o sistema cardiovascular, além de aumentar o risco de osteoporose, doenças cardíacas e resistência à insulina.

Para amenizar esses efeitos, Dra. Renata destaca que o tratamento deve ser individualizado, levando em conta idade, sintomas e preferências da paciente. “Além da reposição hormonal, quando indicada, é fundamental adotar hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse. O estilo de vida é uma ferramenta poderosa na saúde hormonal feminina”, ressalta.

A especialista complementa que o estilo de vida é um pilar terapêutico, pois exercícios de força, dieta mediterrânea, sono de qualidade e manejo do estresse ajudam a melhorar sintomas e proteger ossos, metabolismo e coração.


A nutrição como aliada

Para a professora de nutrologia da Afya Brasília, Dra Marcela Reges, a alimentação tem papel direto no controle dos sintomas. “Alimentos ricos em cálcio, magnésio e vitamina D ajudam na saúde óssea, enquanto o consumo de soja, linhaça e outras fontes de fitoestrógenos naturais pode amenizar as ondas de calor e melhorar o equilíbrio hormonal”, orienta. Ela ressalta, no entanto, que esses alimentos não fazem milagres, mas ajudam muito quando associados a bons hábitos e ao acompanhamento médico adequado.

Dra Marcela também comenta a importância de evitar álcool, cafeína e cigarro, que agravam os fogachos e interferem no sono. “O álcool e o café aumentam a temperatura corporal e podem intensificar as ondas de calor, além de prejudicarem o descanso noturno.  Já o cigarro afeta diretamente a produção hormonal e acelera o envelhecimento celular, o seja, quanto menos desses três, melhor para o seu corpo, para o sono e para o equilíbrio hormonal”, completa a médica.


Cuidar da mente é cuidar do corpo

Os impactos emocionais da menopausa merecem atenção, pois as alterações hormonais afetam diretamente o humor, o sono e a autoestima. Mariana Ramos, professora de Psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna, destaca que a queda nos níveis de estrogênio e progesterona influencia neurotransmissores essenciais para a regulação emocional e do sono, tornando comuns irritabilidade, ansiedade, melancolia e flutuações de humor.

Para Mariana, esse período é também um momento de ressignificação. “Mais do que o fim da fertilidade, é uma fase de maturidade emocional, sabedoria e reconexão com a própria história e valores, um convite para novas formas de expressão da feminilidade e da potência.”

A psicóloga enfatiza o papel da psicoterapia, especialmente abordagens como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), que estimulam a aceitação das emoções e o foco em ações guiadas por valores pessoais, como autocuidado, espiritualidade e propósito. 

De acordo com a especialista, com informação, acompanhamento médico, suporte psicoterapêutico e práticas de autocuidado, como atividade física, meditação, socialização e alimentação equilibrada,  a menopausa pode ser vivida com energia, equilíbrio e plenitude. “Quando a mulher compreende os processos neurobiológicos e psicológicos envolvidos, fortalece sua autonomia emocional e transforma o envelhecimento em um novo começo, repleto de significado e poder pessoal”, conclui.



.Sobre a Afya   

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.   


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