Livro de Wilton Marques ganhou o Prêmio Jabuti em 2011 | |
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(Imagem: Divulgação) | |
O livro Gonçalves Dias: o poeta na contramão, que ganhou o Prêmio Jabuti em 2011, de autoria de Wilton Marques, professor do Departamento de Letras da da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), acaba de ganhar uma segunda edição, revisada e ampliada, pela Editora Alameda. "A pesquisa que resultou neste livro foi iniciada por meio do estágio de pós-doutoramento no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp (2002-2003), financiado pela Fapesp e supervisionado pela professora Vilma Arêas e, posteriormente, concluída na UFSCar, onde, desde 2004, sou professor de literatura brasileira. Ou, para ser mais exato, a pesquisa se iniciou em 2002 e foi concluída somente em 2010, quando saiu a primeira edição em livro pela EdUFSCar", explicou o autor. A obra é centrada na análise de uma obra pouco conhecida, por leitores e críticos, e que se chama Meditação. Nela, Gonçalves Dias realiza a discussão tanto sobre o processo de formação histórica da sociedade brasileira quanto sobre a escravidão. Embora não terminada, ela é composta de três capítulos e com a linguagem à maneira de versículos bíblicos, o que caracteriza o tom profético que a permeia. Foi publicada, pela primeira vez, na revista romântica Guanabara (1849-1856) ao longo do primeiro semestre de 1850. "A repercussão do livro foi bem interessante tanto no Brasil quanto no exterior, recebendo, em 2011, o Prêmio Jabuti, por conta da terceira colocação na categoria Teoria e Crítica Literária. Obviamente, o recebimento do prêmio foi experiência interessante, pois, além de dar maior visibilidade ao livro, não deixa de ser o reconhecimento de meu trabalho intelectual", afirmou. Com a continuidade de pesquisa desenvolvida pelo professor, a segunda edição, além de revisada, traz novas informações coletadas ao longo do período. "Como no primeiro momento de trabalho, as condições de pesquisa sobre o universo oitocentista brasileiro eram mais difíceis, sobretudo as que se referiam às necessidades de maiores acessos às fontes primárias; vim, desde então e de forma sistemática, coletando novos documentos e informações que possibilitassem a realização de nova edição. Portanto, a segunda edição não foi apenas revisada, mas, sobretudo, muito ampliada. Dessa forma, além de retornar às perguntas, acrescentando outros argumentos às respostas, e de aprofundar as análises textuais, também reproduzo, ao final do livro - por conta das dificuldades de acesso - a versão 'completa' da obra gonçalvina que saiu no terceiro volume das Obras póstumas (1868), já que parte significante do terceiro capítulo não foi publicada na Guanabara", concluiu. |
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