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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Autocuidado é peça-chave para saúde integral, alerta especialista

 


Manter práticas diárias de bem-estar é mais do que um luxo — é uma necessidade para viver com mais saúde e qualidade de vida


A ideia de que cuidar de si mesmo é algo secundário ou reservado para momentos de folga está ultrapassada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o autocuidado como a capacidade que indivíduos, famílias e comunidades têm de promover a saúde, prevenir doenças e lidar com enfermidades, com ou sem o auxílio direto de um profissional.


De acordo com a entidade, o autocuidado abrange desde ações simples do cotidiano — como manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e adotar boa higiene — até a busca ativa por informações de saúde e o uso consciente de medicamentos.


“O autocuidado é um conjunto de atitudes cotidianas que, quando incorporadas à rotina, têm impacto direto na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar”, explica o reumatologista Carlos Eugênio Parolini, da Unimed Araxá. “Muitas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e até problemas reumatológicos, podem ser prevenidas ou ter seu curso amenizado quando o paciente adota hábitos saudáveis”, destaca.

 

Equilíbrio entre corpo, mente e espírito

Autocuidar-se, segundo a OMS, é também um ato de autonomia. É quando a pessoa decide, de forma consciente, como quer viver. Essa decisão exige equilíbrio entre quatro dimensões: física, emocional, social e espiritual.


“O grande desafio do autocuidado está na constância. Não se trata de algo para fazer quando sobra tempo, mas sim algo para o qual precisamos criar espaço diariamente”, observa Parolini. “Quando a pessoa se prioriza, ela não só cuida do corpo, mas também fortalece sua saúde mental e emocional”.


Veja como pequenas atitudes no dia a dia podem contribuir para esse equilíbrio:

 

Autocuidado físico:

* Alongar-se ao acordar e beber água antes do café da manhã;

* Caminhar ao ar livre e praticar atividade física;

* Respirar conscientemente por alguns minutos ao longo do dia;

* Ter uma alimentação variada, com menos alimentos industrializados;

* Praticar atividades integrativas, como yoga, tai chi ou lian gong.

 

Autocuidado emocional:

* Falar abertamente sobre sentimentos com alguém de confiança;

* Dizer “não” sem culpa;

* Praticar o perdão e a gratidão;

* Celebrar pequenas conquistas e cultivar boas memórias.

 

Autocuidado social:

* Praticar gentileza e generosidade;

* Enviar mensagens de carinho e demonstrar apreço às pessoas próximas;

* Participar de grupos e comunidades com valores alinhados aos seus;

* Ouvir com atenção e acolher elogios com naturalidade;

* Reservar tempo de qualidade com a família.

 

Autocuidado espiritual:

* Orar, meditar ou contemplar a natureza;

* Conectar-se com algo maior que si mesmo;

* Investir em autoconhecimento e reflexão;

* Buscar sentido para a vida e ler sobre espiritualidade.

 

Prevenção

O autocuidado também é uma forma eficaz de prevenção. A chamada prevenção primária envolve escolhas de estilo de vida que evitam o aparecimento de doenças. Já a prevenção secundária foca no diagnóstico precoce. Por fim, a prevenção terciária visa reduzir complicações de condições crônicas e melhorar a qualidade de vida do paciente. “Em todas essas fases, o autocuidado é determinante. Pacientes que assumem um papel ativo em sua saúde tendem a ter melhores desfechos clínicos, menor uso de medicamentos e menos internações”, afirma Parolini. “Cuidar de si é um ato de amor-próprio e de inteligência. É a base para envelhecer com dignidade, autonomia e plenitude”, finaliza o médico.

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