Mulheres entre 50 e 60 anos de idade são a maioria na frequência de mamografias
- Apenas no Brasil, são estimados 74 mil novos casos de câncer de mama, por ano
O câncer de mama, durante muito tempo, foi cercado de estigmas e silêncio. Falar sobre a doença era praticamente um tabu, tanto no Brasil quanto no mundo. As mulheres evitavam discutir o assunto e, consequentemente, não buscavam realizar os exames preventivos essenciais para a detecção precoce. Mas, esse cenário mudou, dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), mostram que o volume de exames de mamografia aumentou de 106% de 2018 para 2023.
Nota-se uma maior porcentagem de mulheres entre 50 e 60 anos mais engajadas na realização de mamografia.
Essa crescente se dá principalmente pelo Outubro Rosa, uma das campanhas mais importantes para a saúde preventiva da mulher. Com o objetivo de conscientizar sobre o câncer de mama, a ação ressalta a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce, especialmente por meio da mamografia.
Mesmo em meio aos avanços, o aumento significativo dos casos de câncer de mama tem alertado os especialistas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Apenas no Brasil, são estimados 74 mil novos casos por ano¹, o que torna o rastreamento e o diagnóstico precoces fundamentais para reduzir a mortalidade. O estado de São Paulo é o que mais representa casos de câncer de mama, sendo estimados cerca de 20.470 mil apenas em 2023¹.
Segundo a médica radiologista com especialização em mama da FIDI, Dra. Vivian Milani “a mamografia era vista como um exame doloroso e cercado de mitos. Muitas mulheres tinham receio de realizá-lo por falta de informação e medo do diagnóstico. Além disso, a falta de recursos e equipamentos nos hospitais públicos limitava o acesso ao exame, sobretudo em regiões mais remotas do país, mas este cenário mudou significativamente atualmente. Campanhas de conscientização como o Outubro Rosa ganham força no Brasil, ajudando a derrubar esses tabus e estimulando mais mulheres a realizarem o exame de forma preventiva”.
A mamografia foi um importante marco na saúde da mulher no Brasil, principalmente após a implementação da Lei da Mamografia, em 2008. Essa legislação garantiu o direito de mulheres realizarem mamografias gratuitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), revolucionando a forma como o câncer de mama é enfrentado no país. Antes dessa conquista, a mamografia não era amplamente acessível, e a falta de rastreamento contribuía para diagnósticos tardios, muitas vezes em estágios avançados da doença, o que dificultava o tratamento e reduzia as chances de cura.
A mamografia, considerada o principal método para detecção precoce, pode identificar tumores ainda em estágios iniciais, antes mesmo que sintomas físicos sejam percebidos, aumentando significativamente as chances de cura.
Os avanços tecnológicos na área de diagnóstico por imagem e o fortalecimento de programas de rastreamento têm sido exemplo de políticas públicas eficazes. Na FIDI, apenas em 2024 já foram realizadas cerca de 120.171 mamografias. “Mesmo diante de um impacto positivo com relação à crescente busca pelo diagnóstico precoce, muitas mulheres ainda não fazem a mamografia regularmente, seja por desinformação ou por dificuldades de acesso ao sistema de saúde”, afirma Dra. Vivian Milani.
Por isso, o Outubro Rosa é um lembrete não apenas da importância do exame, mas também da necessidade de seguir lutando por mais igualdade na saúde. A prevenção é a chave para mudar a história do câncer de mama no Brasil, e a mamografia é uma das ferramentas mais poderosas nesse processo.
Referências
[1] INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Estimativa de 2023 - Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/
Sobre a FIDI
Fundada em 1985 por médicos professores integrantes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina – atual Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) –, a FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas. Com mais de 2.100 colaboradores e um corpo técnico formado por mais de 500 médicos parceiros, a FIDI está presente em 85 unidades de saúde nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. É a maior empresa especializada em diagnóstico por imagem do Brasil. Em 2023, foram 4,3 milhões de exames realizados - 7% de crescimento em relação à 2022 -, entre ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia, raios-X e densitometria óssea. Com soluções customizadas em diagnóstico por imagem, a FIDI oferece serviços de Telerradiologia, Gestão Completa, Consultoria, Educação Médica e Inteligência Artificial.
A Fundação também trabalha na proposição de soluções inovadoras para a saúde pública, como sistema de análise de imagens de tomografia computadorizada por inteligência artificial, e participou da primeira Parceria Público-Privada de diagnóstico por imagem na Bahia. Por duas vezes, a FIDI recebeu o prêmio Referências da Saúde 2019 e 2020, na categoria Qualidade Assistencial, e por três vezes foi medalhista em desafios internacionais de aplicação de inteligência artificial no diagnóstico por imagem, propostos na conferência anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia, considerado o maior congresso do setor no mundo. Ao final de 2020, a Central de Laudos da FIDI obteve a certificação ISO 9001:2015 de Gestão da Qualidade e em 2023 renovou a certificação, pela International Organization for Standardization e, em 2021, recebeu o selo de “Excelente Empresa Para se Trabalhar” (GPTW).
Desde 2014 a FIDI atua no projeto da carreta-móvel ‘Mulheres de Peito’, parceria com o Estado de São Paulo, que oferece exames gratuitos de mamografia. Já são mais de 300 municípios atingidos, cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres encaminhadas.
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