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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Nariz entupido o tempo todo? Pode ser Polipose Nasal, um problema mais comum (e sério) do que se imagina

 Doença pouco conhecida causa perda de olfato, sinusites constantes e impacta a qualidade de vida. Otorrino explica como identificar os sinais e quando procurar ajuda

 

 

 

Viver com o nariz entupido não deveria ser normal. Mas para quem sofre com a chamada polipose nasal, essa sensação é rotina. A condição, ainda pouco comentada fora dos consultórios médicos, é uma forma de sinusite crônica marcada pela formação de pólipos — lesões de aspecto gelatinoso que se desenvolvem na cavidade nasal e nos seios da face.

 

“A polipose nasal ocorre devido a uma inflamação crônica da mucosa dessa região. Quanto mais intensa for essa inflamação, maior o número e o tamanho dos pólipos”, explica o otorrinolaringologista Dr. Luiz Vicente Rizzo Castanheira, do Hospital Paulista, referência em doenças do ouvido, nariz e garganta.

 

O problema não está isolado. Segundo o especialista, a polipose costuma vir acompanhada de outras condições respiratórias, como rinite alérgica, asma e sinusites recorrentes. “O mecanismo de inflamação é parecido nessas doenças, por isso é comum que elas estejam associadas”, afirma. Também há ligação com algumas alergias medicamentosas, como ao AAS (ácido acetilsalicílico) e a certos anti-inflamatórios.

 

Sinais de alerta

 

Os sintomas da polipose nasal são fáceis de confundir com resfriados ou crises de rinite, mas costumam ser mais persistentes e intensos. “Obstrução nasal constante, perda de olfato e paladar, e infecções frequentes com uso repetido de antibióticos são os sinais mais típicos”, explica Dr. Castanheira.

 

Ele alerta que pessoas com fatores de risco — como histórico de asma ou alergias respiratórias — devem procurar um especialista assim que esses sintomas se tornarem frequentes. “O diagnóstico precoce é fundamental para evitar que a doença avance e o tratamento se torne mais complexo”, orienta.

 

Existe cura?

 

Apesar de não ter cura definitiva, a polipose nasal pode ser controlada. O tratamento depende da gravidade do quadro. Casos mais leves, com poucos pólipos, podem ser tratados com sprays nasais e acompanhamento médico. Já situações mais avançadas exigem cirurgia para remoção das lesões.

 

“Em quadros mais graves, o processo inflamatório é tão intenso que a cirurgia não basta. Nesses casos, pode ser necessário o uso de imunobiológicos, medicamentos modernos e específicos que atuam no tipo de inflamação que causa a polipose”, explica o médico. No entanto, ele ressalta que esse tipo de tratamento ainda é de difícil acesso, devido ao alto custo e à necessidade de uso contínuo.

 

O ideal, segundo o especialista, é que o acompanhamento seja feito não apenas com otorrinos, mas também com pneumologistas e alergologistas, especialmente quando há doenças crônicas associadas. “O tratamento multidisciplinar é o que oferece os melhores resultados no controle da doença”, conclui.

 

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial e Foniatria. Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

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