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terça-feira, 3 de junho de 2025

Como incluir o ar-condicionado sem interferir no visual dos ambientes

 

O equipamento é necessário, mas invariavelmente destoa na concepção dos projetos.

A arquiteta Isabella Nalon fala sobre a instalação e como minimizar sua aparência no décor

Nessa sala executada pela arquiteta Isabella Nalon, o ar-condicionado foi discretamente envolvido no nicho superior da estante. Sua presença tornou-se menos perceptível com os elementos decorativos dispostos na estrutura do móvel | Foto: Julia Herman

Disfarçar o ar-condicionado dentro da marcenaria, por meio de nichos ou painéis é uma tendência que une estética e funcionalidade nos projetos de arquitetura de interiores. O segredo está em promover sua integração visual no ambiente, mas sem interferir no desempenho técnico.

arquiteta Isabella Nalon, com mais de 25 anos de experiência, destaca que é possível minimizar a presença física do ar-condicionado, desde que sejam observadas algumas diretrizes técnicas. “É essencial ter a consciência de que, ao criar um painel ou armário para escondê-lo, a potência pode ser afetada se houver obstáculos diretos na frente da saída de ar”, alerta a profissional.

Mas como fazer? A seguir, a profissional compartilha situações de projeto que, com êxito, tiveram o ar-condicionado ‘camuflado’. Acompanhe!

Ventilação adequada é essencial

Neste apartamento reformado pela arquiteta Isabella Nalon, o ar-condicionado fica oculto na marcenaria feita sob medida para a sala de jantar, integrando bufê, cristaleira, louceiro e até lugar para a adega. Nas portas superiores, onde está o aparelho, as frestas do ripado permitem a passagem da ventilação | Fotos: Rafael Renzo

Um dos caminhos apontados pela arquiteta é disfarçar o ar-condicionado em móveis ou nichos, entretanto é fundamental assegurar que a ventilação continue eficiente. Em um dos seus projetos, ela inseriu o equipamento na estrutura de marcenaria da sala de jantar, mas diferentemente das demais portas, na parte central projetou vãos, que devem ter, pelo menos, 2 cm de abertura – possibilitando o espaço de um dedo –, para permitir a circulação adequada do ar.

“Além de regular o ambiente com a temperatura desejada, é válido ressaltar que a circulação livre do ar também interfere no funcionamento correto. Do contrário, se estiver completamente enclausurado o aparelho trabalhará mais, consumirá mais energia e terá sua vida útil reduzida", explica Isabella.

Acabamento interno harmonioso

Nesta sala com direito a uma generosa biblioteca, a arquiteta Isabella Nalon inseriu o

ar-condicionado na estrutura da ampla estante (tudo é branquinho). Junto com o acervo

de livros e objetos decorativos do morador, a presença do aparelho praticamente não é percebida. No outro living, o equipamento foi pintado no mesmo tom da parede para se tornar mais leve, solução feita por empresas especializadas | Fotos: Julia Herman e Rafael Renzo

Manter a padronização visual é outro aspecto enfatizado pela arquiteta. Em uma estante, ela recomenda que o acabamento interno do nicho onde o ar-condicionado está instalado seja da mesma cor do MDF aplicado por fora, pois esse cuidado fará com que ele não chame atenção. “Ao manter a mesma referência de acabamento, conseguimos agregar o equipamento de maneira ainda mais discreta e elegante", destaca a profissional.

Escolha de materiais resistentes à umidade

Quando o ar-condicionado é incorporado na marcenaria, não se pode correr o risco

de prejudicar o móvel. Por isso, além da instalação segura, a arquiteta Isabella Nalon recomenda o uso de MDF resistente à umidade | Foto: Rafael Renzo

De acordo com a arquiteta, a umidade gerada durante seu funcionamento deve ser reconsiderada quando o equipamento é anexado à marcenaria. Assim, ela recomenda que o morador sempre observe se não há vazamento de água, que normalmente ocorre por conta da obstrução dos filtros, e do gás refrigerante, que pode acontecer devido à problemas nas soldas.

Por último, ela também sugere o uso de um MDF resistente à umidade para evitar problemas como empenamento ou mofo. “Essa resistência é bacana, mas a questão precisa ser contornada com agilidade”, opina Isabella Nalon.

Integração com a decoração

Com uma linda estante na sala de estar, a arquiteta Isabella Nalon instalou

o ar-condicionado no topo do móvel | Fotos: Julia Herman

Esconder o ar-condicionado não significa apenas ocultá-lo fisicamente, mas também o tornar mais um componente. Para tantos, a utilização de painéis ripados e outros elementos decorativos são bem-vindos.

Acesso facilitado para a manutenção

Além do ar-condicionado nas paredes, a arquiteta Isabella Nalon explora a possibilidade de encaixá-lo no teto, assim como realizou nesse living | Fotos: Julia Herman

Por fim, é primordial que a localização do ar-condicionado ofereça facilidade de acesso para limpezas periódicas e manutenções. Portas articuladas, painéis removíveis, sistemas de abertura simples ou até mesmo sua inserção no teto são soluções listadas por Isabella.

Sobre a arquiteta Isabella Nalon 

Com uma carreira sólida e experiência proveniente de mais de 25 anos de trabalho, Isabella Nalon percorreu uma trajetória de muitos estudos e pesquisas na área de Arquitetura e Decoração. Iniciou sua carreira atuando como arquiteta na Alemanha e, em 1998, inaugurou seu escritório em São Paulo. Se especializou em projetos arquitetônicos residenciais, comerciais e de decoração de interiores.

 

Possui uma visão plural e ampla de diferentes culturas e públicos, o que se tornou um diferencial em seu percurso profissional. Cada projeto desenvolvido pelo escritório é único, com muita harmonia, elegância e criatividade. Frequentemente, tem obras reconhecidas e publicadas por renomados portais e revistas de arquitetura e decoração, consolidando o escritório na lista dos mais importantes da capital paulista.

 

Instagram: @isabellanalon

Site: www.isabellanalon.com Linkedin: Isabella Nalon

Tel.: (11) 94453-5500

 

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